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10 dicas para escolher o seu psicólogo (ou não)

  • Foto do escritor: Lucas
    Lucas
  • 7 de mai. de 2024
  • 3 min de leitura

mulher tirando selfie
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Mentira. O título acima é só uma sátira de um tipo de postagem comum em perfis de profissionais nas redes sociais. Escrevi para chamar atenção. Não tem nada de errado nesse tipo de postagem, aliás. O que eu vim problematizar aqui é a blogueirização das profissões (se alguém já usou o termo, desculpas pela falta de crédito!).


Para quem não sabe, sou formado em psicologia. Não trabalho diretamente com a psicologia, mas já trabalhei. E no ano em que eu me formei e fui me arriscar pela primeira vez no tenebroso mundo dos profissionais autônomos, deparei-me com o fenômeno da blogueirização das profissões pela primeira vez.


"Será que eu teria que fazer um perfil profissional para conseguir me sustentar?" – pensei.

No fim das contas, fiz o meu perfil profissional, mesmo entendendo muito pouco ou nada desse universo. O meu intuito era criar um espaço em que, além de divulgar o meu trabalho, eu pudesse compartilhar um pouco de conhecimento que poderia ser útil a quem tivesse acesso. Porém, a dificuldade da atividade aliada à repulsa pessoal que sinto por certo tipo de exposição nas redes me fizeram desistir pouco tempo depois.


"Eu preciso mesmo me expor nas redes sociais para conseguir divulgar o meu trabalho?"

A resposta é: não necessariamente. Conheço vários exemplos de profissionais que não utilizam o Instagram e outras redes como "portfólio" e que conseguem ter êxito em suas carreiras. Mas também sigo um bom número de profissionais que fazem um uso interessante das redes como plataforma de expansão do seu trabalho e disseminação de conhecimento. Excelente! Contudo, eu vim falar de quem faz o exato oposto.


“Toda catedral é populista, é pop”.

Como eu disse ali em cima, sou formado em psicologia. Logo, conheço muita gente da área e tenho muitos amigos psicólogos (vocês são show!). E, por seguir muita gente do "mundinho psi", volta e meia me deparo com alguns conteúdos que me fazem refletir e, por vezes rir (mas com respeito - nem sempre).



TALVEZ SEJA MELHOR CRIAR UM VLOG!


O ponto em que quero chegar é: seu perfil é para [ajudar a] prestar um serviço ou é para criar um culto à sua personalidade? Nada te proíbe (talvez o Código de Ética profisisonal) de fazer o que você quiser, mas como me dói ver um blog disfarçado de perfil profissional. Os seus stories são mostrando os mimos recebidos. Suas publicações em destaque são as fotos da sua viagem chiquérrima. E cadê as 10 dicas para lidar com a minha ansiedade, doutor(a)?


Não que esses perfis não compartilhem seus conteúdos relacionados à profissão, mas até estes soam egocêntricos e forçados.


"O que eu aprendi comprando o meu Porsche zero km..."

Eu até acho legal a ideia de compartilhar a reflexão que alguma situação da sua vida o fez ter, meu caro colega psicólogo. Mas será que às vezes você não está fazendo uma relação totalmente arbitrária entre uma situação realmente relevante com um episódio da sua vida totalmente fútil apenas para mostrar o carro novo que comprou? Não sei, mas vale a pena pensar sobre isso.


Outro ponto que me deixa p̶u̶t̶o indignado é o diagnóstico on-line via Instagram. "Deixe aqui a sua pergunta". Sim, duas linhas de pergunta no Instagram de uma pessoa que você nunca viu na vida e... PRONTO! Isso é o suficiente para dar o diagnóstico e/ou até mesmo indicar o tratamento que o querido seguidor anônimo deve seguir. E o Conselho não faz nada.


Enfim, já foram tantas as bizarrices que vi e ainda vejo nesse universo dos perfis profissionais que eu acho que remar contra isso é, sinceramente, na grande maioria das vezes, uma perda de tempo. Principalmente, quando entendemos que quem poderia fazer algo não está muito preocupado. A minha única tristeza ainda é ouvir de tantos bons profissionais que eles se sentem inseguros para compartilharem seus conteúdos, enquanto quem deveria ter essa reflexão não tem. Mas não tem como fugir, estamos na era da blogueirização das profissões e a tendência é piorar!








 
 
 

1 comentário


Guilherme Henrique Alves Camargo
Guilherme Henrique Alves Camargo
08 de mai. de 2024

👍

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